A criação do Selo Segurança sem Preconceito atende ao compromisso feito pela Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e pela Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV), cujo objetivo é reconhecer e ampliar os esforços para a orientação de ações que cumpram as metas do Movimento AR e de todas as ações que digam NÃO ao preconceito.
A motivação inicial para criar um Selo do Setor da Segurança Privada em favor das ações contra o preconceito em seus diversos aspectos é poder incentivar entidades de classe e empresas a desenvolverem ações, juntamente com seus diretores e funcionários, para disseminar, falar sobre e descaracterizar as diferenças como limitadoras, mostrando-as simplesmente como fatos da realidade do ser humano.
Além disso, tem-se ainda como motivo de criar esse selo a necessidade de identificar o que nos difere como complementação e não com repulsa ou com comportamentos abusivos e inaceitáveis.
O Selo também quer propiciar a busca de uma atitude proativa de combate a qualquer forma de preconceito, com um desenho de fácil leitura, que faça referência a valores estéticos de campanhas diversas contra o preconceito e alinhado com a diversidade. Ele deve expressar a marca de um setor na busca da Segurança sem Preconceito, juntamente com ações paralelas em prol da equidade e de uma sociedade mais humanizada com liberdade e justiça para todos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56% dos brasileiros se declaram negros e 52% da população são formados por mulheres. Dez por cento se identificam em alguns dos grupos que compõem a LGBTQIA+, de acordo com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
O que esses três recortes têm em comum? Infelizmente, as pessoas inseridas neles têm maior probabilidade de serem alvo de algum tipo de preconceito. Outra característica em comum é o fato da discriminação nesses casos estar enraizada na sociedade brasileira. Termos como “racismo estrutural” exemplificam muito claramente essa situação.
Nesse sentido, a segurança privada, que está presente em todo o País, tem papel fundamental na mudança desse cenário, bem como na evolução da sociedade. São mais de 500 mil vigilantes lotados em bancos, shoppings, comércio, indústria, aeroportos, órgãos públicos, entre outros locais. Existem ainda milhares de câmeras de segurança sob responsabilidade das empresas do segmento.
Com esse olhar, a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e a Associação Brasileira de Cursos e Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV) se uniram à Universidade Zumbi dos Palmares e ao Movimento AR com o objetivo de desenvolver uma série de ações para capacitar de forma ainda mais minuciosa os profissionais que atuam no segmento de segurança privada. Outro objetivo é fortalecer o atendimento humanizado a toda a população brasileira.
Assim, o Selo Segurança sem Preconceito nasce dessa vontade do segmento de segurança privada de atuar como ator transformador e colaborar para uma mudança estrutural da sociedade brasileira.